Com a necessidade da sustentabilidade, engenheiros ganham cada vez mais espaço no mercado
Nesse contexto, novas opções de emprego estão surgindo. É o que está acontecendo para a Engenharia de Energia. O profissional dessa área está se deparando com um mercado bem receptivo. Isso porque as energias limpas ainda têm o preço muito alto. “Quem irá pagar a conta? A indústria certamente não irá aceitar. Temos aí uma grande oportunidade, pois as novas tecnologias ainda estão longe de atingir seu máximo desempenho com o mínimo de custo.
Há um considerável campo para pesquisa e inovação e, se aliarmos a proverbial criatividade brasileira com uma sólida formação, o país pode participar dessa corrida mundial em busca da sustentabilidade energética”, explica a coordenadora da Graduação em Engenharia de Energia da Unisinos, Maria Luiza Sperb Indrusiak.
O Brasil é privilegiado no quesito recursos naturais. Ao contrário da Alemanha e de quase todas as nações do mundo, a matriz elétrica do país é 89% renovável e a energética é 44%. E aí está o filão para os engenheiros, tanto no território nacional, como no exterior. “Energia está intrinsicamente ligada à qualidade de vida. Mas, também, podemos dizer que a principal fonte de poluição no mundo é a entropia (desordem) gerada nos processos de conversão dela. Otimizá-los é o que de melhor se poderá fazer para o meio ambiente”, ilustra Felipe Roman Centeno, também coordenador do curso da Unisinos.
Carreira internacionalAlém de encontrar muitas oportunidades no território nacional, o engenheiro de energia pode fazer carreira no exterior. “A ciência é universal. Os países em desenvolvimento precisam mais desses profissionais, pois, como estão crescendo em um mundo muito competitivo, necessitam de soluções que atendam à demanda e às exigências ambientais e econômicas”, diz Felipe.
Segundo o docente, alguns nichos estão demandando mais recursos humanos. São aqueles ligados às energias renováveis não convencionais, em especial a solar e a eólica. “Também a área de otimização de sistemas de geração vem apresentando crescente interesse por parte dos empresários e do governo, assim como a de petróleo e gás, com grandes demandas na região sul do nosso estado”, complementa Maria Luiza.
Profissional versátil Em função da formação ampla e sólida, o engenheiro de energia tem condições de atuar em diferentes áreas. O profissional pode caminhar pelo setor industrial de base, na obtenção e uso de energia renovável, petróleo e nuclear; ou no de transformação, na produção de máquinas, equipamentos e produtos diversos; também em empresas que atuam nas áreas de planejamento, gestão, desenvolvimento, projeto e consultoria em eficiência e conservação de energia; bem como em órgãos reguladores do sistema energético nacional; ou até como autônomo, prestando consultoria. E, o melhor, com média salarial equivalente ao restante da categoria.
Fonte: PenseEmpregos
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