Modelo de nanotubo de carbono |
A pesquisa, publicada no periódico científico Nanoletters, é um passo adiante em um trabalho feito ano passado também pelo MIT que mostrou como uma molécula chamada dirutênio fulvaleno fazia para capturar e liberar energia solar. O melhor entendimento desse processo levou os pesquisadores a procurar por outros compostos feitos de materiais abundantes e baratos que pudessem ser utilizados da mesma forma – o rutênio é um metal do grupo da platina, extremamente caro. Neste ponto, entrou o azobenzeno.
“Já foi demonstrado que o azobenzeno pode trocar suas duas estruturas mais de 10 mil vezes sem degradar, fazendo dele uma molécula muito atraente – um dos maiores problemas das moléculas estudadas há 20 e 30 anos é que elas conseguiam realizar apenas alguns ciclos [entre suas estruturas] antes de ficaram inutilizadas.”, explicou ao iG Alexie Kolpak, um dos autores do estudo. E completou: “O azobenzeno sozinho, porém, seria basicamente inútil como combustível solar. Seria necessário um volume enorme dele para conseguir energia suficiente para, por exemplo, alimentar um iPod. Ao combinar o azobenzeno com moldes de nanotubo de carbono conseguimos aumentar a energia diversas vezes ao mesmo tempo em que mantivemos a resistência a degradação demonstrado pela molécula de azobenzeno.”Além de ser mais barato do que o fulvalênio dirutênio o novo composto é mais eficiente ao armazenar 10 mil vezes mais energia solar no mesmo espaço – um valor comparável ao das baterias recarregáveis de íon-lítio muito utilizadas em aparelhos eletrônicos portáteis.
A técnica utilizada para criar o composto, segundo os pesquisadores, pode ser usada para criar outros materiais. “Podemos ajustar diversas propriedades do material como a capacidade de guardar energia e o tempo que ela ficará armazenada”, explicou Kolpak. Atualmente eles estão testando materiais com o qual seja possível ajustar melhor a quantidade de energia para mudar entre as duas estruturas, uma das. Ela é chave para que uma molécula consiga encontrar um equilíbrio entre armazenar e liberar energia. “Estamos estudando diversas moléculas do ponto de vista teórico e experimental em moldes de nanotubos. No momento não temos como dar informações específicas sobre com quais estamos trabalhando, mas esperamos apresentar resultados em breve”, afirmou Kolpak.
Fonte: IG
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