sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Cana direto para queima

A Vignis, empresa de melhoramento genético criada no final do ano passado, aposta no fornecimento de cana para queima em caldeiras como novo nicho de mercado. A ideia é oferecer  biomassa a preços competitivos.  Os alvos imediatos são siderúrgicas, empresas de sucos e outras que dependem de geração de calor para produção de vaporAs mudas para plantio de cana-energia, variedade rica em fibras e pobre em sacarose, estarão disponíveis até o final de 2011.

Em futuro próximo, a companhia pretende fornecer matéria prima para produção de etanol celulósico, afirma Luís Claudio Rubio, sócio da Vignis, que deixou a Cana Vialis - criada pelo Grupo Votorantim e hoje sob controle da Monsanto - para montar o novo negócio.

A cana energia tem produtividade de até 200 t/ha. A cana comum rende 85 t/ha. “Enquanto o eucalipto leva pelo menos 5 a 6 anos para ficar em ponto de corte, a cana-energia está pornta para colheita em apenas 1 ano.
A empresa pretende ofertar o produto final diretamente às empresas interessadas. Com a formação de plantações de cana na região onde o cliente tem suas instalações, é possível fornecer a biomassa em raios de distância pouco superiores a 100 km.
As novas variedades podem ser adaptadas às condições locais, sendo que a cana-energia é mais rústica, o que facilita o manejo.  “As plantas destinadas para produção de açúcar e etanol  são picadas no campo e não podem estar  a mais que 70 km das usinas”, compara Rubio.
A oferta de cana como suprimento complementar ao bagaço gerado em usinas sucroalcooleiras não está nas prioridades mas é um segmento que não deixará de ser prospectado pela Vignis.

Fonte: Portal EnergiaHoje

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