A energia solar é abundante e relativamente fácil de aproveitar, mas não é constante. Uma equipe do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) acredita que é possível solucionar este problema e, ao mesmo tempo, baratear a produção.
Em uma central de Energia Solar Concentrada (CSP, na sigla em inglês), um conjunto de espelhos é usado para focalizar a luz do sol sobre uma torre, aquecendo um fluido que, por sua vez, aquece a água para mover as turbinas. Em geral, o fluido é formado por sais derretidos, que absorvem e retém o calor melhor do que a água e funcionam em altas temperaturas. O grande problema é que essas centrais solares costumam ser caras e não funcionam bem em dias nublados.
Alexander Slocum e uma equipe do MIT decidiram usar algumas tecnologias já testadas de um jeito diferente. Em vez de bombardear o sal derretido para uma torre, eles decidiram projetar uma central com espelhos em um declive, suspendendo o tanque com os sais. Dividido em dois compartimentos, o tanque possui uma barreira móvel; os sais quentes ficam em cima, e os frios, no fundo. Isso elimina a necessidade de dois sistemas de bombeamento para alimentar dois tanques. Ao simplificar o design, o novo projeto reduz custos e pode aumentar a competitividade da energia solar em relação aos combustíveis fósseis, como o carvão e o gás natural.
No aspecto térmico, o sistema é bem mais eficiente. O sal quente aumenta em volume, pressionando a barreira para baixo, enquanto o ar frio que passa pela extremidade da barreira é aquecido. Uma vez que o sal é bombeado para o permutador de calor, ele retorna ao fundo do tanque, onde é reaquecido. A eficiência térmica é maior porque o sal aquecido está sempre no mesmo nível do tanque. Isso forma células de convecção no sal, misturando-o e evitando a formação de pontos quentes, o que reduz as pressões no tanque. Segundo Slocum, o sistema pode funcionar o dia todo sem luz solar, a cada dez dias de sol.
Slocum apresentou sua ideia na revista Solar Energy.
Fonte: Discovery Notícias
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